sonhei com meu pai.
é raro, isso.
sonhei com ele mais velho, mas a aparência saudável, gordinho, de cabelo branco. mas estou me adiantando no sonho.
vinha uma pessoa - uma mulher - me avisar que ele estava chegando de viagem, uma viagem que demorou muito tempo, muitos anos. e eu ia buscá-lo, mas não na rodoviária, que era longe, mas num posto onde os ônibus paravam, perto de onde eu estava, algumas ruas, só. e eu via seu nome na lista de passageiros, mas ele não estava lá no posto.
eu o via chegando na calçada, andando de skate (!), e não lembro se o abraçava, mas ele sorria um sorriso grande e minha saudade ficava quentinha e eu ficava muito feliz em vê-lo.
depois era meio complicado: havia uma certa briga pq eu queria que ele voltasse para casa mas acho que ele havia abandonado a gente e estava um mal estar danado. minha mãe estava deitada de costas, não queria participar da conversa, e eu dizia que a casa era dele e ele seria bem vindo para voltar a hora que quisesse. lembro de dizer "as portas estão abertas". papai não se incomodava muito com a questão, ele sorria o tempo todo, um olhar de carinho e curiosidade, pois as pessoas tinham mudado enquanto ele estava fora.
o sorriso dele e sua cara de velho estão comigo. espero que sempre fiquem.
e se quiser voltar, pai, a casa é sua. a hora que quiser, as portas estão abertas, meu coração também. será muito bem vindo.
é raro, isso.
sonhei com ele mais velho, mas a aparência saudável, gordinho, de cabelo branco. mas estou me adiantando no sonho.
vinha uma pessoa - uma mulher - me avisar que ele estava chegando de viagem, uma viagem que demorou muito tempo, muitos anos. e eu ia buscá-lo, mas não na rodoviária, que era longe, mas num posto onde os ônibus paravam, perto de onde eu estava, algumas ruas, só. e eu via seu nome na lista de passageiros, mas ele não estava lá no posto.
eu o via chegando na calçada, andando de skate (!), e não lembro se o abraçava, mas ele sorria um sorriso grande e minha saudade ficava quentinha e eu ficava muito feliz em vê-lo.
depois era meio complicado: havia uma certa briga pq eu queria que ele voltasse para casa mas acho que ele havia abandonado a gente e estava um mal estar danado. minha mãe estava deitada de costas, não queria participar da conversa, e eu dizia que a casa era dele e ele seria bem vindo para voltar a hora que quisesse. lembro de dizer "as portas estão abertas". papai não se incomodava muito com a questão, ele sorria o tempo todo, um olhar de carinho e curiosidade, pois as pessoas tinham mudado enquanto ele estava fora.
o sorriso dele e sua cara de velho estão comigo. espero que sempre fiquem.
e se quiser voltar, pai, a casa é sua. a hora que quiser, as portas estão abertas, meu coração também. será muito bem vindo.
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