12.12.03

este ano passou tão depressa, meu deus. hoje faz exatamente um ano que eu escrevi um texto sobre o que seria o aniversário de 50 anos de casamento dos meus pais.

e hoje, pela tradição da minha família, é o dia de armar a árvore de natal.

a minha árvore.

eu que comprei a árvore e escolhi cada enfeite. pombos de vidro dourado na Mesbla, anjinhos e gatos nas lojas americanas. o presépio na Grillo Presentes foi tão caro que foi o meu presente. eu abri mão dos outros presentes de Natal, porque eu o queria tanto, tanto. Com cavalo, vaquinha, pastor, camelo, ovelhinha. lindo.

eu ainda não tenho minha árvore de natal aqui. a minha casa não é enfeitada. mas a casa que eu quero linda, com o pinheiro quase maior que eu, é a casa da minha mãe.

eu quero tanto trazre de volta o que já foi... meu pai, a saúde dela, minha infância. e, às vezes, isso impede de viver o que vivo hoje. de fazer a minha árvore de natal. com poucos enfeites, porque eu gosto de ir comprando e lembrando, ano a ano, as novidades.

como o anjinho de bunda, meu deus. o anjinho de corpo inteiro e que tem bunda, como eu ri quando eu comprei.

tá na hora de transformar isso tudo para a minha vida real, e ter um natal enfeitado, do jeito que eu gosto.

porque eu sou lúdica. eu ainda sou criança no meu coração.