2.8.03

as pessoas diziam que eu era forte. que passei no vestibular no meio do caos da doença de papai. que eu ainda ria, brincava.

não era força. era não ter outro jeito.

tem tempo, eu soube que uma das regras básicas de qualquer cerco a uma cidade inimiga é deixar uma saída pro povo atacado fugir. porque, quando não há saída, o único jeito é lutar. e, lutando, vencer. podendo fugir, a coisa muda de figura.

não fui forte nem poderosa nem nada espetacular. simplesmente não tinha outro jeito senão tocar a vida.