meu deus, que coisa linda. peguei no blog da simone jubert
meu avô quer voar.
por isso seu corpo está tão leve,
por isso tão pouca carne.
meu avô precisa alcançar o céu
e planar, de braços abertos,
sobre tudo.
por isso o ar daqui é pouco,
por isso tentam lhe dar mais oxigênio.
por isso poupa o fôlego,
e fica tanto tempo mudo.
meu avô quer ficar livre.
eu sei.
seus cabelos branquinhos contaram aos meus dedos.
e olhando pra ele a gente vê
folha de outono que resiste até o fim do inverno.
meu avô precisa de sopro.
precisa de sonho.
precisa de asas.
e todas essas coisas não posso lhe dar.
mas ainda assim, asas eu tento improvisar,
costurando-as dia e noite
com as penas de meu amor.
meu avô quer voar.
por isso seu corpo está tão leve,
por isso tão pouca carne.
meu avô precisa alcançar o céu
e planar, de braços abertos,
sobre tudo.
por isso o ar daqui é pouco,
por isso tentam lhe dar mais oxigênio.
por isso poupa o fôlego,
e fica tanto tempo mudo.
meu avô quer ficar livre.
eu sei.
seus cabelos branquinhos contaram aos meus dedos.
e olhando pra ele a gente vê
folha de outono que resiste até o fim do inverno.
meu avô precisa de sopro.
precisa de sonho.
precisa de asas.
e todas essas coisas não posso lhe dar.
mas ainda assim, asas eu tento improvisar,
costurando-as dia e noite
com as penas de meu amor.
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